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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

ARQUIVO GPX: VALE DO CANAÃ

Estou aqui testando uma forma de colocar para vocês os arquivos GPX que usei em minhas viagens.
Nesta primeira tentativa vou disponibilizar o arquivo da Viagem ao VALE DO CANAÃ.
Caso alguém tenha alguma dificuldade queira, por gentileza, informar nos comentários que vou ajustando para que tudo dê certo.
Agora é só clicar no link que você será direcionado para a pasta do arquivo. Aí é só baixar para o seu computador.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

DAS DIFICULDADES DE SE FAZER UMA VIAGEM LONGA. SAUDADE, NOTICIAS DE CASA E DOCUMENTAÇÃO DA VIAGEM.

Já fizemos algumas postagem sobre longas viagens, focando mais o planejamento e o que levar (para quem não leu segue o link: GPS e ROTAS, PREPARANDO AS MALAS).
Hoje vamos abordar outras 3 questões também relevantes: a Saudade de Casa, Dar e Receber Notícias, e como Documentar a Viagem.

Um esclarecimento antes de prosseguirmos: por viagem longa estou dizendo algo para mais de 3 meses. Viagens de 30/40 dias não se encaixam no que vou descrever abaixo, ok?

Também, se você viaja em grupo, menos mal. A saudade é compartilhada e os efeitos dela são menos significativos. Mas, para longas viagens, quase sempre você estará com mais um ou, o que é mais certo, sozinho. Não duvide, haverá um momento em que a saudade vai lhe pegar de jeito, não importa o quão ogro você seja. O mais importante aqui (e preste atenção porque a lição é curta mas profunda), é fazer contato e matar a saudade nos momentos em que você está mais feliz, determinado, empolgado, estável, e outros adjetivos que reflitam uma condição de FOCO NO PROJETO. 
Não me venha ligar para casa no final de um dia cansativo, quando você está sozinho e cansado. A mente e o corpo humano sempre buscam a melhor condição de auto-preservação, e esse lugar é na segurança da sua casa. Ligue, e você vai passar grande parte da noite chorando e tentando se estabilizar emocionalmente. O Rabino Nilton Bonder em seu livro A ALMA IMORAL, mostra que o corpo (e a mente) buscam a segurança, a autopreservação. Não se arriscam por nada. Cabe à alma levar o homem à desafiar esse equilíbrio, a romper costumes e tradições, a ousar. A alma é livre, descompromissada. 

Portanto, amigos motociclistas, é a alma que nos move. Pelo nosso corpo a gente nem subia nessa "engenhoca".

Divagações à parte, a questão é que à noite estamos mais frágeis. Hora de reflexão (nossa reflexão), hora de descansar o corpo, planejar o dia seguinte. Se você vai matar saudade nessas horas com certeza vai passar e receber uma carga emocional muito forte. E essa carga emocional vai lhe pegar num momento muito frágil.
O melhor é passar uma mensagem dizendo que chegou em segurança, onde está hospedado, qual o destino de amanhã e ir dormir. No dia seguinte, revigorado, com foco no que precisa ser feito naquele dia, dê uma ligada para matar saudade. Claro que na maioria das vezes estaremos nos comunicando por mensagens, mas haverá uma hora em que essas mensagens não serão suficientes e teremos que estar ao vivo, vendo(se possível) e ouvindo a voz daqueles a quem amamos.
Pronto, já falei, vamos seguir em adiante: DAR E RECEBER NOTÍCIAS.
Quando você decide fazer uma longa viagem, uma das coisas que está implícita nesta decisão é o fato de se afastar dos familiares por um bom tempo. Você sabe que a vida continuará para eles e coisas podem acontecer. Uma doença, um acidente, uma internação, etc. etc. Você precisa estar preparado e saber que, se acontecer, você não estará por perto. Precisa negociar o que será dito ou não dito. Se você quer saber ou não, entendendo que isso impactará de forma definitiva seu projeto. Essas questões precisam ser negociadas antes do início da jornada, entende?
Também, de outra forma, questões mecânicas de sua moto, pequenos acidentes, transtornos que sempre acontecem, não devem ser comentados senão APÓS TEREM SIDO SUPERADOS. Devem ser comentados como EXPERIÊNCIAS VIVIDAS e não como problemas a solucionar. Informe do problema e você arrasta todo mundo para seu sofrimento e apreensão, sem que eles possam fazer outra coisa senão sofrer com você.
A não ser que seja um problema que dê fim à viagem, que determine o encerramento do projeto, tal qual um acidente que inviabilize a continuidade do projeto. Nesse caso, procure encaminhar a solução e ligue para sua casa avisando do ocorrido.
DOCUMENTAÇÃO DA VIAGEM:
Coloquei esse assunto junto com os outros porque, de certa forma, ele faz parte e vai ajudar, e muito, a dar noticias, e trazer sua família e amigos para sua viagem.
Não importa qual ou quais câmeras de ação você está usando (eu uso duas Garmin Virb Elite),  o tamanho dos seus cartões de memória e nem a quantidade de baterias que você carregue, haverá um momento em que você terá que fazer um backup e/ou recarregar as baterias. 
Eu faço isso todas as noites. Assim que viabilizo a hospedagem, o primeiro item da minha mala é a bolsa com os cabos e carregadores. Coloco tudo para carregar: câmeras, intercomunicador, celular, etc. etc. Daí vou tomar um banho, trocar de roupa, sair para comer alguma coisa e deixo tudo lá, carregando. Na volta, pego o laptop, conecto o HD EXTERNO e as câmeras nele. Transfiro os dados para o HD EXTERNO seguindo um roteiro pré-definido (crio pastas por dia de viagem e vou salvando tudo lá (DIA 1, DIA 2, etc. etc). Dentro dessas pastas, crio subpastas para VIRB BRANCA, VIRB VERDE, CAMERA. 
Uma questão super importante. Fique atento, durante o dia, para "achar" fotos e videos que você irá postar à noite. Se você tiver essa preocupação, sua mente vai escanear todo o trajeto e lhe dará alerta para "aquela foto" ou o vídeo que irá postar.
Para o video, faça uma tomada (ou várias) de no máximo 1 minuto. Isso lhe permitirá fazer upload mesmo nas mais terríveis velocidades de rede que encontrar. Um vídeo de até 1 minuto pode ser postado no Instagram, no seu Blog, repassado por WhattsApp, tudo isso de forma fácil e rápida.

Tendo disponibilidade (quer dizer, paciência) faça, ao final de cada dia, uma resenha do que foi o dia, a distância percorrida, consumo, situações da estrada, dicas de hospedagem, o que ver e outras dicas úteis aos futuros viajantes desse trecho. 

Acho que é tudo....Então, até breve.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

PODEMOS USAR CAPACETES SEM O SELO DO INMETRO?

Está aí uma questão que me pegou um dia desses.
Um amigo foi fazer uma viagem ao exterior e decidiu alugar uma moto. Sem capacete, acabou comprando um por lá mesmo. Na volta, trouxe o capacete com ele, claro. Mas chegando aqui começaram as questões de se pode ou não pode usar um capacete importado.
Conversando comigo, eu lhe disse que ia eu mesmo pesquisar porque tinha interesse no tema, e serviria para fazer mais uma postagem e esclarecer para todo mundo.
Muito bem, vamos lá:
A Resolução 203 do CONTRAN, que vale a pena todos lerem, diz no seu artigo segundo: as autoridades de trânsito ou seus agentes devem observar a aposição de dispositivo refletivo de segurança nas partes laterais e traseira do capacete, a existência do selo de identificação da conformidade do INMETRO, ou etiqueta interna com a logomarca do INMETRO, podendo esta ser afixada no sistema de retenção, sendo exigíveis apenas para os capacetes fabricados a partir de 1º de agosto de 2007

Duas informações importantes aí: 
Primeiro que os refletivos só são obrigatórios nas partes laterais e traseira do capacete, ok?
Segundo, que as autoridades de trânsito ou seus agentes devem observar a existência do selo de identificação da conformidade do INMETRO, ou etiqueta interna com a logomarca do INMETRO para os capacetes fabricados a partir de Agosto de 2007.

Quanto à segunda parte, o INMETRO emitiu uma NOTA em 04/01/2008 (vide aqui) onde informa CATEGORICAMENTE que:
Existe porém um passivo de capacetes em poder do usuário final que, apesar de ter sido certificado, pode eventualmente apresentar uma das seguintes situações:
1.      não possuir a etiqueta interna e possuir selo fora dos moldes atuais – Isso se deve ao fato de que antes da publicação da Portaria Inmetro 392/2007, a certificação era realizada em observância aos dispositivos do Regulamento de Avaliação da Conformidade anexo à Portaria Inmetro nº 86, de 24 de abril de 2002, que possuía um outro modelo de selo e que não exigia a aplicação da etiqueta interna.

2.     não possuir a etiqueta interna e nem o selo de identificação da conformidade – Além da não exigência da etiqueta interna da regulamentação anterior, há casos em que o selo se desprende do capacete ou se deteriora pela aplicação, por exemplo, de agentes de limpeza abrasivos.

Quer dizer, o próprio INMETRO afirma que a não existência do selo não quer dizer que o capacete não cumpre as normas de segurança esperadas pelo CONTRAN.

Mais ainda, respondendo a um questionamento exarado por uma Procuradora da República, Ofício de número 14554/2011, nos Autos de número 1.34.001.003058/2011-22, a Presidência do INMETRO assim se manifesta:

Então, NÃO HÁ OBRIGATORIEDADE DE QUE CAPACETE IMPORTADO PARA USO PRÓPRIO SEJA CERTIFICADO.

Adicionalmente, um amigo jurista levantou a questão de que a aludida penalidade para problemas com capacete - Dirigir ou conduzir passageiro com o capacete fora das especificações contidas no art. 2º desta Resolução, incidirá o condutor nas penalidades do inciso X do art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada ao artigo pela Resolução CONTRAN nº 257, de 30.11.2007, DOU 06.12.2007) - 
estaria equivocada porque o Artigo 230 do CTB trata das penalidades aplicadas à infrações encontradas no veículo (e não nos condutores).
O Inciso X do art. 230 do CTB, trata de equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo CONTRAN relativo ao VEÍCULO. E o capacete é item obrigatório para o condutor, não fazendo parte do veículo. Vide artigos 54 e 55 do CTB.

Termino a análise com um pequeno trecho do INMETRO, na NOTA supra citada, que bem representa o espírito que se deve ter nas fiscalizações de qualquer natureza:


Dessa forma, estamos recomendando ao Denatran que oriente as autoridades de trânsito no sentido de que, ao detectarem o uso de capacete sem a devida identificação da conformidade, antes da aplicação das penalidades previstas, realizem uma pesquisa na página institucional do Inmetro na Internet, no endereço http://www.inmetro.gov.br/prodcert, visando a comprovar que o produto realmente não foi certificado antes de sua venda, evitando injustiças com o cidadão que cumpriu a lei.

PS: Caso alguém tenha alguma informação à acrescentar, peço que nos auxilie, colocando-a nos comentários.

Só atualizando a Resolução sobre os capacetes:
A que está em vigor é a Resolução 453, de 26/09/2013, ok?




sábado, 21 de janeiro de 2017

MOTOCICLISMO DE ESTRADA e TURISMO EM DUAS RODAS

Muitos como eu são adeptos do Motociclismo de Estrada. Todas as semanas estamos lá, curtindo um passeio ou iniciando uma Jornada (é o nome que damos às nossas viagens de qualquer distância...rs rs rs).
Embora contribuindo para reduzir o número de carros nas rodovias, consumindo menos combustível e poluindo menos, as autoridades não têm olhos para nós. As proteções laterais das estradas (guard-rail) os tachões (aquelas tartarugas) e muitos outros instrumentos autorizados pelo Código de Trânsito Brasileiro são letais para os motociclistas.

As proteções laterais são navalhas esperando os motociclistas que não conseguirem fazer a curva. Melhor seria deixar o condutor à própria sorte do que contribuir para piorar a situação do acidente. Da mesma forma, os tachões colocados na separação das pistas das rodovias provocam muito mais danos do que contribuem para um trânsito melhor. Passar por sobre eles em qualquer velocidade é alto risco de queda.

A verdade é que não se pensa no motociclista. Até a questão dos pedágios deveria ser repensada. Cuidamos mais das vias, não geramos engarrafamentos, somos mais leves, mas na hora de parar, desligar e descer da moto, tirar a luva, pegar o dinheiro, pagar o pedágio, colocar tudo de volta ligar e sair, somos os que mais atrasamos a operação das concessionárias. Com 5 motociclistas na fila do pedágio, pode acionar outro caixa porque é engarrafamento na certa. Enfim, nas concessões  de rodovias já deveria haver artigo que obrigasse as concessionárias à isentar os motociclistas. Simples assim.

Estou falando muito de motociclistas? Ok. Vamos falar de Turismo em Duas Rodas. 

Por que o Brasil é um dos piores países da América do Sul para se fazer Turismo em Duas Rodas? Não temos Roteiros? Muito grande o risco nas estradas? Nossas Aduanas são complicadas para liberação de motos em trânsito? Não temos uma Política para o Turismo em Duas Rodas?
Você encontra vários alemães, franceses, americanos e canadenses em viagens pelo Chile, Argentina e até no Uruguai. Por que a maioria não se aventura também no Brasil? 
Minha resposta, que você pode não concordar, é: Burocracia, Falta de Política, e falta de um monte mais de outras coisas.

Uma das coisas que sinto falta é de as grandes marcas presentes no Brasil (Honda, Yamaha, Suzuki, Dafra, BMW, Triumph e outras) promoverem a questão do Motociclismo de Estrada e o Turismo em Duas Rodas. Eles são também interessados que as coisas prosperem. Um trabalho em conjunto por parte deles seria algo que viria a ajudar muito.

Também, se tivéssemos um Partido ou um único Congressista com olhos para essa questão e suas correlações, se acompanhássemos e apoiássemos tal Partido ou Congressista, poderíamos mudar essa questão no País. 

Ninguém vai olhar por nós e por nossos interesses se não formos RELEVANTES, entendem? 

Então coloque a questão no seu Grupo de WhattsApp, no seu FACE, no seu Moto Clube, nos cafés da manhã de sábado. Promova a questão, acenda o debate, seja você o começo da mudança. Faça, na certeza que outros, mesmo não sabendo de você, estão fazendo o mesmo. 

SEJAMOS RELEVANTES.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

ESCOLHA BEM O CAPACETE PARA NÃO TER DOR DE CABEÇA

Capacete é coisa séria. Além da necessária segurança, deve estar em harmonia com o tipo de moto e de piloto.
Temos 3 elementos principais:

Segurança, Conforto e Estética.

Com relação à segurança, o SHARP HELMETS é um site que gosto muito, e apresenta um ranking dos capacetes testados. Veja abaixo os tipos de testes realizados pela SHARP(tradução livre) e consulte em seu site os resultados para muitos capacetes vendidos no Brasil.

LINEAR: O casco é submetido a um teste de impacto linear. Ele cai sobre uma bigorna por um caminho vertical. A medida é para verificar a capacidade de absorção de impacto e possíveis lesões na cabeça do motociclista. Tudo isso é feito em diferentes velocidades e com diferentes tipos de bigornas (sem corte, apontado, etc.).

OBLÍQUA: No teste oblíquo, o capacete é submetido a uma rotação de impacto atrito sobre uma bigorna com uma superfície rugosa (semelhante ao asfalto). O teste simula o motociclista caindo, batendo e arrastando o capacete no asfalto. Seria o equivalente a uma queda em velocidade. O teste mede possíveis lesões na cabeça e pescoço.

ZONAS DE IMPACTO: Segundo a SHARP, a área de impacto mais frequente são os lados do casco, que levam 53% das pancadas. A frente recebe 24%, a nunca 21% e a parte de cima de 2%. Quanto ao tipo de impacto, em 60 por cento dos casos ocorre com trajeto oblíquo, 38% linearmente e os restantes 2%, contra um meio-fio.

VELOCIDADE DE IMPACTO: A SHARP testou velocidades com base na Norma UN ECE 22.05 que é entre 7,5 e 8,4 m / s (27 e 30 km / h). Eles incluem também um teste para 6 m / s (22 km / h) para analisar o comportamento do casco, impactos de baixa velocidade. A SHARP recomenda as autoridades que altere a norma para incluir testes até 9,5 m / s (34 km / h), como forma de buscar dos fabricantes reforçar cada vez mais a segurança.

Uma questão importante a observar pelo resultado dos testes é que os capacetes fechados oferecem maior segurança do que os abertos ou escamoteáveis. Mas, dependendo da moto (aqui, exceção para as esportivas) e num país como o Brasil, um capacete fechado é dificil de aguentar.
Ainda sobre a questão de Segurança, entenda que os capacetes têm validade (5 anos). Para a Fiscalização, são 5 anos contados da data registrada neles ou, se você argumentar e tiver o documento, da Nota Fiscal de Compra. Para a questão de Segurança, são 5 anos de uso. Capacete não degrada se não for usado. Não trinca, não perde as tiras, não pega cheiro. Capacete tem vida útil se for usado.
Graças a Deus os agentes de trânsito são sensatos e não ficam pegando por esse tipo de coisa mas entenda que a Lei está aí e se eles quiserem pegar por isso, a lei lhes é favorável.
Agora, meu amigo, tenha o bom senso de perceber a hora de trocar o capacete. Você não o usa porque “a lei exige”. Você o usa porque tem cabeça (bacana o trocadilho, rs rs).

Aí vem a segunda parte da nossa conversa: CONFORTO.

Conforto vai do enchimento interno até a questão de ventilação passando, é claro, pelo TAMANHO CORRETO DO CAPACETE.
Com os bons capacetes você só erra se for no tamanho. Mas, alguns capacetes importados têm, ao meu ver, um erro na questão de ventilação. Meu SHOEI NEOTEC, por exemplo, tem apenas dois furinhos na parte superior por onde o vento deveria passar, mas não passa. Pelo menos não em quantidade necessária para o calor do Brasil. Talvez para a Europa seja o suficiente. Como a homologação do IMMETRO está restrita à segurança, eles acabam chegando aqui da forma como são feitos por lá, com ventilação para cliente europeu.
Bem, voltando ao tamanho do capacete, meça a circunferência de sua cabeça na altura da testa. Coloque 1 ou, NO MÁXIMO, 2 centimetros à sua medida. Esse é o tamanho do seu capacete.
Se comprar apertado, vai ter dor de cabeça, seu nariz vai ficar colado na viseira, a ventilação ficará prejudicada, você vai morder sua bochecha toda vez que for falar, sorrir, ou mesmo engolir saliva. Pronto, falei!!!
Se comprar mais folgado, a ventilação será ótima, vai ter espaço de sobra. Mas compre também uma cola daquelas instantâneas e passe na orelha antes de colocar o capacete. Senão, toda vez que olhar para o lado o capacete vai dar uma rodada na sua cabeça. É isso, ou mais ou menos isso. Estou pintando a situação com cores mais fortes porque capacete largo é um problema muito mais sério do que um capacete apertado. No caso de queda, sua cabeça vai ficar rodando lá dentro e o objetivo de absorver impacto não vai ser conseguido. Nível de proteção muito baixo, além do risco de, num movimento brusco, ele fechar a sua visão e você ficar numa situação complicada.
Conforto é você poder trocar as peças do capacete, como o miolo que, depois de muito uso, vai ceder e ficar folgado. Outra troca importante é o da viseira externa ou da viseira solar. Alguns capacetes não têm peças de reposição no Brasil e aí, ao invés de gastar 10, 15% do preço de um capacete, você vai ter mesmo que comprar um capacete novo.
Conforto também é você ter um capacete que possa retirar a viseira de uma forma fácil. Em viagens de longa distância, quase sempre em cada parada você terá que dar uma limpeza na viseira do capacete. Se ela sai com facilidade é uma coisa. Outra é você entrar com o capacete dentro do banheiro e fazer uma limpeza de viseira “meia-boca” porque ela está presa ao capacete (tipo LS2 Escamoteável, entende?).
Finalizando a questão do Conforto, se puder, compre um capacete que tenha viseira solar. É mesmo um conforto porque evita de você ficar pondo e tirando óculos de sol.

Agora a última questão: ESTÉTICA

Diga-me o estilo da sua moto e te direi que capacete usar.
Bem, não tenho essa pretensão. Você pode, por exemplo, usar um capacete fechado para pilotar uma Lambreta, embora um capacete aberto fique melhor e mais condizente. 

Uma lambreta ou scooter, não é para uso na estrada e em altas velocidades. Tem gente que usa, eu entendo. Mas usa por necessidade e não por opção.

Uma naked ou, generalizando, uma moto hibrida cidade/estrada, pede um capacete escamoteável. Bom para cidade, bom para a estrada. Quer usar um fechado? Tudo bem. Quem pode mais, pode menos. Vai fazer um pouco de calor quando estiver abaixo dos 60 km/h dentro da cidade mas, paciência. De outro modo, um capacete aberto não vai lhe proteger o rosto e o queixo quando estiver na estrada. Caindo, vai usar canudinho para se alimentar por um bom tempo.

Para as Big Trail e as Touring gosto do capacete escamoteável. Fechado na estrada e aberto quando dentro da cidade, mas os capacetes fechados de off-road, com o queixo mais avançado também são bons. Nas Big Trail casam muito bem se você ainda tiver um óculos para quando pegar uma terrinha. Ademais, as Big Trail e as Touring têm uma proposta de tocada mais leve, na casa dos 120, 140 km/h. Os escamoteáveis vão bem.

Agora, vai passar dos 160 km/h? Seu gosto é pela adrenalina? Pega logo o capacete fechado. Além de serem mais silenciosos, acima dessa velocidade eles vão ser arejados com ou sem entrada de ar. Também, os bons pilotos de esportivas usam macacão de couro. Na estrada, tudo bem. Quando entram na cidade, nem vão se preocupar com o calor do capacete fechado. Eles estão mesmo loucos é para tirar o macacão o quanto antes.

Bem, acho que deu para levantar todos os pontos.
Me desculpem pelo tamanho do texto mas não queria dividir em duas postagens.

Agradeço aos que lerem e muito mais aos que puderem colocar aqui suas opiniões.