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sábado, 21 de janeiro de 2017

MOTOCICLISMO DE ESTRADA e TURISMO EM DUAS RODAS

Muitos como eu são adeptos do Motociclismo de Estrada. Todas as semanas estamos lá, curtindo um passeio ou iniciando uma Jornada (é o nome que damos às nossas viagens de qualquer distância...rs rs rs).
Embora contribuindo para reduzir o número de carros nas rodovias, consumindo menos combustível e poluindo menos, as autoridades não têm olhos para nós. As proteções laterais das estradas (guard-rail) os tachões (aquelas tartarugas) e muitos outros instrumentos autorizados pelo Código de Trânsito Brasileiro são letais para os motociclistas.

As proteções laterais são navalhas esperando os motociclistas que não conseguirem fazer a curva. Melhor seria deixar o condutor à própria sorte do que contribuir para piorar a situação do acidente. Da mesma forma, os tachões colocados na separação das pistas das rodovias provocam muito mais danos do que contribuem para um trânsito melhor. Passar por sobre eles em qualquer velocidade é alto risco de queda.

A verdade é que não se pensa no motociclista. Até a questão dos pedágios deveria ser repensada. Cuidamos mais das vias, não geramos engarrafamentos, somos mais leves, mas na hora de parar, desligar e descer da moto, tirar a luva, pegar o dinheiro, pagar o pedágio, colocar tudo de volta ligar e sair, somos os que mais atrasamos a operação das concessionárias. Com 5 motociclistas na fila do pedágio, pode acionar outro caixa porque é engarrafamento na certa. Enfim, nas concessões  de rodovias já deveria haver artigo que obrigasse as concessionárias à isentar os motociclistas. Simples assim.

Estou falando muito de motociclistas? Ok. Vamos falar de Turismo em Duas Rodas. 

Por que o Brasil é um dos piores países da América do Sul para se fazer Turismo em Duas Rodas? Não temos Roteiros? Muito grande o risco nas estradas? Nossas Aduanas são complicadas para liberação de motos em trânsito? Não temos uma Política para o Turismo em Duas Rodas?
Você encontra vários alemães, franceses, americanos e canadenses em viagens pelo Chile, Argentina e até no Uruguai. Por que a maioria não se aventura também no Brasil? 
Minha resposta, que você pode não concordar, é: Burocracia, Falta de Política, e falta de um monte mais de outras coisas.

Uma das coisas que sinto falta é de as grandes marcas presentes no Brasil (Honda, Yamaha, Suzuki, Dafra, BMW, Triumph e outras) promoverem a questão do Motociclismo de Estrada e o Turismo em Duas Rodas. Eles são também interessados que as coisas prosperem. Um trabalho em conjunto por parte deles seria algo que viria a ajudar muito.

Também, se tivéssemos um Partido ou um único Congressista com olhos para essa questão e suas correlações, se acompanhássemos e apoiássemos tal Partido ou Congressista, poderíamos mudar essa questão no País. 

Ninguém vai olhar por nós e por nossos interesses se não formos RELEVANTES, entendem? 

Então coloque a questão no seu Grupo de WhattsApp, no seu FACE, no seu Moto Clube, nos cafés da manhã de sábado. Promova a questão, acenda o debate, seja você o começo da mudança. Faça, na certeza que outros, mesmo não sabendo de você, estão fazendo o mesmo. 

SEJAMOS RELEVANTES.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

ESCOLHA BEM O CAPACETE PARA NÃO TER DOR DE CABEÇA

Capacete é coisa séria. Além da necessária segurança, deve estar em harmonia com o tipo de moto e de piloto.
Temos 3 elementos principais:

Segurança, Conforto e Estética.

Com relação à segurança, o SHARP HELMETS é um site que gosto muito, e apresenta um ranking dos capacetes testados. Veja abaixo os tipos de testes realizados pela SHARP(tradução livre) e consulte em seu site os resultados para muitos capacetes vendidos no Brasil.

LINEAR: O casco é submetido a um teste de impacto linear. Ele cai sobre uma bigorna por um caminho vertical. A medida é para verificar a capacidade de absorção de impacto e possíveis lesões na cabeça do motociclista. Tudo isso é feito em diferentes velocidades e com diferentes tipos de bigornas (sem corte, apontado, etc.).

OBLÍQUA: No teste oblíquo, o capacete é submetido a uma rotação de impacto atrito sobre uma bigorna com uma superfície rugosa (semelhante ao asfalto). O teste simula o motociclista caindo, batendo e arrastando o capacete no asfalto. Seria o equivalente a uma queda em velocidade. O teste mede possíveis lesões na cabeça e pescoço.

ZONAS DE IMPACTO: Segundo a SHARP, a área de impacto mais frequente são os lados do casco, que levam 53% das pancadas. A frente recebe 24%, a nunca 21% e a parte de cima de 2%. Quanto ao tipo de impacto, em 60 por cento dos casos ocorre com trajeto oblíquo, 38% linearmente e os restantes 2%, contra um meio-fio.

VELOCIDADE DE IMPACTO: A SHARP testou velocidades com base na Norma UN ECE 22.05 que é entre 7,5 e 8,4 m / s (27 e 30 km / h). Eles incluem também um teste para 6 m / s (22 km / h) para analisar o comportamento do casco, impactos de baixa velocidade. A SHARP recomenda as autoridades que altere a norma para incluir testes até 9,5 m / s (34 km / h), como forma de buscar dos fabricantes reforçar cada vez mais a segurança.

Uma questão importante a observar pelo resultado dos testes é que os capacetes fechados oferecem maior segurança do que os abertos ou escamoteáveis. Mas, dependendo da moto (aqui, exceção para as esportivas) e num país como o Brasil, um capacete fechado é dificil de aguentar.
Ainda sobre a questão de Segurança, entenda que os capacetes têm validade (5 anos). Para a Fiscalização, são 5 anos contados da data registrada neles ou, se você argumentar e tiver o documento, da Nota Fiscal de Compra. Para a questão de Segurança, são 5 anos de uso. Capacete não degrada se não for usado. Não trinca, não perde as tiras, não pega cheiro. Capacete tem vida útil se for usado.
Graças a Deus os agentes de trânsito são sensatos e não ficam pegando por esse tipo de coisa mas entenda que a Lei está aí e se eles quiserem pegar por isso, a lei lhes é favorável.
Agora, meu amigo, tenha o bom senso de perceber a hora de trocar o capacete. Você não o usa porque “a lei exige”. Você o usa porque tem cabeça (bacana o trocadilho, rs rs).

Aí vem a segunda parte da nossa conversa: CONFORTO.

Conforto vai do enchimento interno até a questão de ventilação passando, é claro, pelo TAMANHO CORRETO DO CAPACETE.
Com os bons capacetes você só erra se for no tamanho. Mas, alguns capacetes importados têm, ao meu ver, um erro na questão de ventilação. Meu SHOEI NEOTEC, por exemplo, tem apenas dois furinhos na parte superior por onde o vento deveria passar, mas não passa. Pelo menos não em quantidade necessária para o calor do Brasil. Talvez para a Europa seja o suficiente. Como a homologação do IMMETRO está restrita à segurança, eles acabam chegando aqui da forma como são feitos por lá, com ventilação para cliente europeu.
Bem, voltando ao tamanho do capacete, meça a circunferência de sua cabeça na altura da testa. Coloque 1 ou, NO MÁXIMO, 2 centimetros à sua medida. Esse é o tamanho do seu capacete.
Se comprar apertado, vai ter dor de cabeça, seu nariz vai ficar colado na viseira, a ventilação ficará prejudicada, você vai morder sua bochecha toda vez que for falar, sorrir, ou mesmo engolir saliva. Pronto, falei!!!
Se comprar mais folgado, a ventilação será ótima, vai ter espaço de sobra. Mas compre também uma cola daquelas instantâneas e passe na orelha antes de colocar o capacete. Senão, toda vez que olhar para o lado o capacete vai dar uma rodada na sua cabeça. É isso, ou mais ou menos isso. Estou pintando a situação com cores mais fortes porque capacete largo é um problema muito mais sério do que um capacete apertado. No caso de queda, sua cabeça vai ficar rodando lá dentro e o objetivo de absorver impacto não vai ser conseguido. Nível de proteção muito baixo, além do risco de, num movimento brusco, ele fechar a sua visão e você ficar numa situação complicada.
Conforto é você poder trocar as peças do capacete, como o miolo que, depois de muito uso, vai ceder e ficar folgado. Outra troca importante é o da viseira externa ou da viseira solar. Alguns capacetes não têm peças de reposição no Brasil e aí, ao invés de gastar 10, 15% do preço de um capacete, você vai ter mesmo que comprar um capacete novo.
Conforto também é você ter um capacete que possa retirar a viseira de uma forma fácil. Em viagens de longa distância, quase sempre em cada parada você terá que dar uma limpeza na viseira do capacete. Se ela sai com facilidade é uma coisa. Outra é você entrar com o capacete dentro do banheiro e fazer uma limpeza de viseira “meia-boca” porque ela está presa ao capacete (tipo LS2 Escamoteável, entende?).
Finalizando a questão do Conforto, se puder, compre um capacete que tenha viseira solar. É mesmo um conforto porque evita de você ficar pondo e tirando óculos de sol.

Agora a última questão: ESTÉTICA

Diga-me o estilo da sua moto e te direi que capacete usar.
Bem, não tenho essa pretensão. Você pode, por exemplo, usar um capacete fechado para pilotar uma Lambreta, embora um capacete aberto fique melhor e mais condizente. 

Uma lambreta ou scooter, não é para uso na estrada e em altas velocidades. Tem gente que usa, eu entendo. Mas usa por necessidade e não por opção.

Uma naked ou, generalizando, uma moto hibrida cidade/estrada, pede um capacete escamoteável. Bom para cidade, bom para a estrada. Quer usar um fechado? Tudo bem. Quem pode mais, pode menos. Vai fazer um pouco de calor quando estiver abaixo dos 60 km/h dentro da cidade mas, paciência. De outro modo, um capacete aberto não vai lhe proteger o rosto e o queixo quando estiver na estrada. Caindo, vai usar canudinho para se alimentar por um bom tempo.

Para as Big Trail e as Touring gosto do capacete escamoteável. Fechado na estrada e aberto quando dentro da cidade, mas os capacetes fechados de off-road, com o queixo mais avançado também são bons. Nas Big Trail casam muito bem se você ainda tiver um óculos para quando pegar uma terrinha. Ademais, as Big Trail e as Touring têm uma proposta de tocada mais leve, na casa dos 120, 140 km/h. Os escamoteáveis vão bem.

Agora, vai passar dos 160 km/h? Seu gosto é pela adrenalina? Pega logo o capacete fechado. Além de serem mais silenciosos, acima dessa velocidade eles vão ser arejados com ou sem entrada de ar. Também, os bons pilotos de esportivas usam macacão de couro. Na estrada, tudo bem. Quando entram na cidade, nem vão se preocupar com o calor do capacete fechado. Eles estão mesmo loucos é para tirar o macacão o quanto antes.

Bem, acho que deu para levantar todos os pontos.
Me desculpem pelo tamanho do texto mas não queria dividir em duas postagens.

Agradeço aos que lerem e muito mais aos que puderem colocar aqui suas opiniões.