Essa postagem vai para os viajantes de longa distância que rodam muito pelas estradas mundo afora.
Em qualquer lugar, seja no Brasil ou fora dele, nos deparamos com perigos que foram colocados ali para salvar vidas, mas não as nossas. A vida dos motoristas.
Você segue por uma estrada, em velocidade de cruzeiro, e numa curva à frente se depara com óleo ou areia na pista. A moto derrapa, você e ela seguem escorregando para fora do asfalto e, o que está lá te esperando? Um Guard-rail, que na linguagem dos motociclistas é também chamado de Guilhotina.
Você segue por uma estrada sinuosa e, numa curva fechada à frente, se depara com um obstáculo ( buraco, animal morto ou carcaça de pneu, por exemplo), puxa a moto mais para dentro da curva e, o que te espera? Uma sucessão de tachões (as tartarugas de asfalto) colocados no centro da pista para impedir as ultrapassagens.
Você segue por uma estrada pedagiada e, num calor medonho, pega fila de pedágio para, chegada a sua vez: correr o risco de escorregar por conta do excesso de óleo na baia, parar a moto, tirar a luva, pegar o dinheiro, pagar, pegar o troco, guardar o dinheiro, colocar a luva, ligar a moto, tirar do descanso lateral, rezar para não escorregar, colocar a marcha e sair. Isso tudo gerando uma enorme fila atrás de você, muitas das vezes, buzinando para que você seja rápido. Como?
Você segue pela estrada, começa a chover, a visibilidade diminui, você reduz a velocidade mas não muito senão os demais veículos te atropelam e, o que aparece à sua frente? Aquelas faixas brancas pintadas no chão, ora a sinalizar as mudanças de direção (e essas setas quase ocupam a faixa inteira) ou as faixas transversais à indicar uma curva perigosa, ou a sinalização de PARE nas proximidades de rotatória. É passar por elas e, ao menor descuido, vai para o chão.
Realmente as estradas não foram pensadas para os motociclistas. Pagamos impostos mais caros, ocupamos menos pista, nosso peso não destrói as rodovias, mas somos penalizados pela segurança posta a serviço dos outros veículos.
Somos penalizados por um pedágio que não deveria ser cobrado das motos, ou pela ausência de uma baia exclusiva, com "fast track".
Como será que devemos proceder para que sejamos considerados? Processar o Estado ou as concessionárias pelos danos à nós causados pelos tachões e guard-rails? Passar nos pedágios, um a um, sem pressa, parando e retirando toda a vestimenta, pagando com notas altas e conferindo o troco para, só depois, colocar tudo de volta e sair? Uma operação que leva não menos que 10 minutos? E ainda cada motocicleta optando por uma baia. Já imaginou o tamanho do congestionamento?
Precisamos ser vistos, não só pelos outros condutores mas, e principalmente, pelas autoridades.
Vida Longa aos Motociclistas.
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